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29 de out. de 2010

Renascimento, Reforma e Contrarreforma

O Renascimento foi um movimento histórico ocorrido ­inicialmente na Itália e difundido pela Europa entre os séculos XV e XVI. Foi caracterizado pela crítica aos valores medievais e pela revalorização dos valores da Antigüidade Clássica ( greco-romana ).






Foi na cidade de Florença que os textos clássicos passaram a ser estudados e as idéias renascentistas difundiram-se para outras cidades italianas e , posteriormente, para outras regiões da Europa.



Itália no século XV







O berço do Renascimento foi a Itália em virtude de uma série de fatores: -Intenso desenvolvimento comercial das cidades italianas que exerciam o monopólio sobre o comércio no mar Mediterrâneo;



-Desenvolvimento e ascensão de uma nova classe social -a burguesia comercial - que passava a difundir novos hábitos de consumo;

-O urbanismo e a disseminação do luxo e da opulência; -Influência da cultura grega, através do contato comercial das cidades italianas com o Oriente, especialmente Constantinopla;

-O Mecenato, prática exercida pelos burgueses, príncipes e papas, de financiar os artistas, procurando mostrar o poderio da cidade e ampliar o prestígio pessoal;

-A vinda de sábios bizantinos para a Itália após a conquista de Constantinopla pelos turcos Otomanos; -A presença, em solo italiano, da antigüidade clássica.



Aspectos da Renascença.



Os homens que viviam sob a Renascença criticavam a cultura medieval, excessivamente teocêntrica, e defendiam uma nova ordem de valores.



Os principais aspectos do Renascimento foram:

a) o racionalismo e o abandono do mundo sobrenatural;

b) o antropocentrismo, onde o homem é o centro de tudo;

c) o universalismo, caracterizado pela descoberta do mundo;

d) o naturalismo, acentuando o papel da natureza;

e) o individualismo, valorizando o talento e o trabalho;

f) o humanismo.



O Humanismo



Humanista era um sábio que criticava os valores medievais e defendia uma nova ordem de idéias. Valorizava o progresso e buscava revolucionar o mundo através da educação.

Foi o grande responsável pela divulgação dos valores renascentista pela Europa.

Outro elemento responsável pela expansão das novas idéias foi a imprensa de tipos móveis, inventada pelo alemão Johan Gutemberg, tornando mais fácil a reprodução de livros.

No Renascimento desenvolveram-se as artes plásticas, a literatura e os fundamentos da ciência moderna.



Artes Plásticas.



As obras renascentistas são caracterizadas pelo naturalismo e retratam o dinamismo comercial do período. Os estilos desenvolvidos levaram a uma divisão da Renascença em três períodos: o Trecento (século XIV) , o Quattrocento ( século XV ) e o Cinquecento ( século XVI).



TRECENTO - destaque para a pintura de Giotto ( 1276/1336 ) que muito influenciou os demais pintores;

QUATROCENTO - período de atuação dos Médicis, que financiaram os artistas. Lourenço de Médici foi o grande mecenas da época.

Destaques para Botticelli ( 1444/1510 ) e Leonardo da Vinci (1452/1519).

CINQUECENTO - O grande mecenas do período foi o papa Júlio II que pretendia reforçar a grandiosidade e o poder de Roma. Iniciou as obras da nova basílica de São Pedro. O autor do projeto foi Bramante e a decoração à cargo de Rafael Sânzio e Michelângelo.

Michelângelo ( 1475/1564 ) apesar de destacar-se como o pintor da capela Sistina foi o grande escultor da Renascença.



Literatura

Graças à imprensa, os livros ficaram mais acessíveis, facilitando a divulgação de novas idéias.

PRECURSORES

Três grandes autores do século XIV:

Dante Alighieri (1265/1321),autor de A Divina Comédia, uma crítica à concepção religiosa; Francesco Petrarca, com a obra África e Giovanni Boccaccio que escreveu Decameron.



PRINCIPAIS NOMES



ITÁLIA

Maquiavel, fundador da ciência política com sua obra O Príncipe, cuja tese central considera que os fins justificam os meios. Contribuiu para o fortalecimento do poder real e lançou os fundamentos do Estado Moderno.

Campanella, que relatou a miséria italiana no livro A Cidade do Sol.



FRANÇA

Rabelais, que escreveu Gargântua e Pantagruel;

Montaigne, que foi o autor de Ensaios.



HOLANDA

Erasmo de Roterdan, considerado o "príncipe dos humanistas" que satirizou e criticou a sociedade da época. Sua obra-prima é O Elogio da Loucura ( 1569 ).



INGLATERRA

Thomas Morus, que escreveu Utopia e

Shakespeare, autor de magníficos textos teatrais.



ESPANHA

Miguel de Cervantes, com o clássico Dom Quixote de la Mancha.



PORTUGAL

Camões, que exaltou as viagens portuguesas na sua obra Os Lusíadas.



Ciência Moderna





O racionalismo contribuiu para a valorização da matemática, da experimentação e da observação sistemática da natureza. Tais procedimentos inauguraram a ciência moderna. Principais nomes:



Nicolau Copérnico- demonstrou que o Sol era o centro do universo (heliocentrismo) em oposição ao geocentrismo ( a Terra como o centro).

Giordano Bruno -divulgou as idéias de Copérnico na Itália. Considerado herege foi queimado na fogueira em 1600.

Kepler -confirmou as teorias de Copérnico e elaborou uma série de enunciados referentes à mecânica celeste.

Galileu Galilei - inaugurador da ciência moderna e aprofundou as idéias de Copérnico, pressionado pela Igreja negou as suas idéias.



Crise do Renascimento



O Renascimento entra em decadência após a perda de prestígio econômico das cidades italianas, em decorrência das Grandes Navegações -que muda o eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico; e da Contra-Reforma Católica que limitou a liberdade de expressão.



A Reforma Religiosa.

Ao longo da Idade Média, a Igreja Católica afastou-se de seus ensinamentos, sendo por isto criticada e considerada a responsável pelos sofrimentos do período: guerras, fomes e epidemias seriam como castigos de Deus pelo afastamento da Igreja de seus princípios.

Precursores

John Wyclif ( 1300/1384) e João Huss ( 1369/1415 ).



Causas da Reforma

Além das questões religiosas, como o nicolaísmo e a simonia, outros elementos constribuíram para o sucesso da Reforma:



A exploração dos camponeses pela Igreja -a Senhora feudal. A vontade de terras para o cultivo leva esta classe a apoiar a Reforma;

Interesses da nobreza alemã nas terras eclesiásticas;

A condenação da usura pela Igreja feria os interesses da burguesia comercial;

O processo de centralização política, onde era interesses dos reis o enfraquecimento da autoridade papal;

A centralização desenvolve o nacionalismo, aumentando a crítica sobre o poder de Roma em outras regiões.



Por que Alemanha



Na Alemanha a Igreja Católica era muito rica e dominava amplas extensões territoriais, limitando a expansão econômica da burguesia, inibindo o poder político da nobreza e causando insatisfação camponesa.



Lutero e a Reforma



Monge agostiniano que rompeu com a Igreja Católica em virtude da venda de indulgências, efetuada pela Igreja para a construção da basílica de São Pedro pelo papa Leão X.

Lutero protestou através da exposição de suas 95 teses, condenando, entre outras coisas a venda das indulgências.



Suas principais idéias reformistas eram:

Justificação pela fé: a única coisa que salva o homem é a fé, o homem está diante de Deus sem intermediários;

A idéia de livre-exame, significa que todo homem poderia interpretar livrmente a Bíblia, segundo a sua própria consciência;

Sendo assim, a Igreja e o Papado perdem sua função.



As idéias de Lutero agradaram a nobreza alemã que passou a se apropriar das terras eclesiásticas. A revolta atingiu as massas camponesas -que queriam terras - e foi duramente criticada por Lutero.



Reforma Calvinista



Defesa da teoria da predestinação, onde o destino do homem é condicionado por Deus. Dizia haver sinais de que o indivíduo era predestinado por Deus para a salvação: o sucesso material e a vontade de enriquecimento, pois a pobreza era tida como um desfavorecimento divino.



A valorização do trabalho, implícita na teoria; bem como a defesa do empréstimo de dinheiro a juros contribuem para o desenvolvimento da burguesia e representam um estímulo para o acúmulo de capitais.



Reforma Anglicana



Henrique VIII é o reformador da Inglaterra, através do Ato de Supremacia, aprovado em 1513, que colocou a Igreja sob a autoridade real - nascimento da Igreja Anglicana.

A justificativa para o rompimento foi a negativa do papa Clemente VII em dissolver o casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão.



Além disto, havia um enorme interesse do Estado nas propriedades eclesiásticas, para facilitar a expansão da produção de lã.



A Contra-Reforma



Diante do sucesso e da difusão das idéias protestantes, a Igreja Católica inicia a sua reforma, conhecida como Contra-Reforma. As principais medidas - tomadas no Concílio de Trento - foram:



Proibição da venda de indulgências;

Criação de seminários para a formação do clero;

O Index - censura de livros;

Restabelecimento da Inquisição;

Manutenção dos dogmas católicos;

Proibida a livre interpretação da Bíblia;

Reafirmação da infalibilidade papal.



Com a Contra-Reforma é fundada a ordem religiosa Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola em 1534, com o intuito de fortalecer a posição da Igreja Católica em países católicos e difundir o catolicismo na Ásia e Ámerica.



fonte: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4400/1/RENASCIMENTO-CULTURAL/Paacutegina1.html

Um comentário:

Unknown disse...

Vlw me ajudou muito em um trabalho!!