Revoluções Européias do Século XIX
Fatores:
Queda de colheitas;
Situação de miséria do proletariado;
Ausência de garantias e direitos fundamentais para o trabalhador;
Repressão à liberdade de expressão;
Aliança temporária entre setores da pequena e média burguesias com o proletariado;
Ideais nacionalistas, liberais e socialistas.
Liberalismo
Democracia;
Poderes separados em Executivo, Legislativo e Judiciário;
O Estado deveria servir o cidadão respeitando a sua liberdade;
Liberalismo econômico (iniciativa privada);
O Estado deveria estar separado da Igreja;
Liberdade religiosa e filosófica.
Nacionalismo
Respeito pela formação natural dos povos, ligados por laços étnicos, lingüísticos e por outros laços culturais;
Direito de todos os povos lutarem por sua independência como nação;
Direito dos povos de viverem, com autodeterminação, num território unificado.
As revoluções liberais na França
1) A restauração dos Bourbon: Luís XVIII e Carlos X
Luís XVIII (1815-1824):
“Terror Branco”: violenta repressão aos grupos bonapartistas e liberais;
Equilíbrio entre o liberalismo burguês e as forças aristocráticas tradicionais.
Carlos X (1824-1830):
Desejava a instituição do Absolutismo de direito divino;
Foi apoiado pela Igreja e por setores ultraconservadores;
Deu à Igreja o controle do ensino promovendo o retorno dos jesuítas;
Indenizou aristocratas que tiveram suas propriedades confiscadas durante a Revolução Francesa.
2) Revolução de 1830: a alta burguesia contra o rei
1830: Carlos X, para reprimir o liberalismo, dissolveu a Câmara dos Deputados e impôs severa censura à imprensa;
julho/1830: estoura a revolução liderada pela alta burguesia financeira que conseguiu depor Carlos X. Em seu lugar subiu Luís Felipe D’Orleans que governou até 1848.
Luís Felipe, o rei burguês:
Governou para a burguesia (banqueiros);
Foi apoiado por seu ministro François Guizot;
Procurou harmonizar o apoio da burguesia liberal e a resistência conservadora para que, garantindo a ordem social interna, pudesse dar liberdade econômica às classes dominantes.
Expansão colonial em direção à África e à Oceania;
O proletariado vivia numa situação de miséria absoluta.
3) Revolução de 1848: o levante popular contra o reinado dos banqueiros
Com o descontentamento das classes populares, um grande levante (estudantes, trabalhadores e membros da Guarda Nacional), liderados por liberais e socialistas, rebelaram-se contra Luís Felipe e seu ministro Guizot que foram derrubados do poder;
Formou-se um governo provisório composto de representantes da burguesia liberal (Alphonse de Lamartine) e de socialistas (Louis Blanc);
Tentando melhorar a situação dos trabalhadores foram criadas as Oficinas Nacionais que eram empresas dirigidas e sustentadas pelo Estado. Todavia, para mantê-las foram criados impostos, fato este que a burguesia não gostou.
Para conter os trabalhadores o general Eugène Cavaignac, recebeu plenos poderes para reprimir violentamente o povo. Resultado: 16 mil pessoas assassinadas e 4 mil expulsas do país.
Mesmo depois da violenta repressão aos trabalhadores, a burguesia sentia a necessidade de consolidar as instituições políticas para impor um clima de ordem pública ao país. Promulgou-se uma nova Constituição e foram marcadas eleições para presidente;
Foi eleito Luís Napoleão Bonaparte que governou com o apoio do exército, Igreja e da burguesia. Em 1852, ele deu um golpe de Estado e implantou uma ditadura na qual ele recebeu o título de Napoleão III. Governou até 1870.
Conclusão: a revolução de 1848 foi um fracasso para o proletariado, todavia a burguesia industrial chegara ao poder. O ciclo revolucionário iniciado em 1789 chegava ao fim.
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