Postagens mais visitadas

28 de mar. de 2012

Resumos - obras para o vestibular.

Resumo


Antígona – Sófocles


Numa das mais belas e dramáticas tragédias já escritas, Sófocles devassa em toda a sua profundidade o amor, a lealdade, a dignidade. A historia conta a historia de Antígona, que deseja enterrar enterrar seu irmão Polinice, que atentou contra a cidade de Tebas, mas o tirano da cidade,Creonte, promulgou uma lei impedindo que os mortos que atentaram contra a lei da cidade fossem enterrados, o que era uma grande ofensa para o morto e sua família, pois a alma do morto não faria a transição adequada ao mundo dos mortos. Antígona, enfurecida, vai então sozinha contra a lei de uma cidade e enterra o irmão, desafiando todas as leis da cidade, Antígona é então capturada e levada até Creonte, que sentencia Antígona a morte, não adiantando nem os apelos de Hemon, filho de Creonte e noivo de Antígona, que clama ao pai pelo bom senso e pela vida de Antígona, pois ela apenas queria dar um enterro justo ao irmão.Hemon briga com Creonte e então Antígona é levada a morte, uma tumba aonde Antígona ficará até morrer. Aparece então Tirésias, o adivinho, que avisa a Creonte que sua sorte está acabando, pois o orgulho em não enterrar Polinice acabará destruindo seu governo. Antes de poder fazer algo, Creonte descobre que Hemon, seu filho, se matou, desgostoso com a pena de morte de Antígona.Aparece Eurídice e conta que, ao abrir a tumba onde Antígona estava presa, encontram-na enforcada e Hemon a seus Creonte se aproxima e então Hemon se mata, após tentar acertar o pai.Eurídice, desiludida pela morte do filho também se mata, para desespero de Creonte, que ao ver toda sua família morta se lamenta por todos os seus atos, mas principalmente pelo ato de não ter atendido o desígnio dos deuses, o que lhe custou a vida de todos aqueles que lhe eram queridos.



Eneida – Virgílio

Composta por 12 cantos, num total de 9826 versos, a Eneida, a maiorobra do poeta Virgílio (Publius Virgilius Maro, 70-19 a.C.) éconsiderada, simultaneamente, uma obra de tom mitológico e histórico:mitológico porque narra a história do herói Enéias, utilizando-se delendas tradicionais do povo romano; histórico, porque utiliza esteargumento para exaltar Roma e Augusto, procurando valorizar tanto osfeitos do imperador quanto os feitos mais remotos do seu povo. Destaforma, o poeta conseguiu realizar a tarefa que Augusto lhe incumbira,compondo a epopéia latina por excelência, capaz de equiparar-se àIlíada e à Odisséia, consagradas epopéias homéricas. Todavia, esta nãoera a única preocupação da Eneida: Virgílio procurou retratar, também,os valores e virtudes que fundamentavam a sociedade latina, fazendo,assim, uma síntese das correntes de pensamento em difusão em Roma, e aspráticas religiosas que prevaleceram de 44 a.C. a 14 d. C. ? época deAugusto, considerado a de maior prosperidade para a religião romana. Oargumento da obra é belíssimo e rico em detalhes. O primeiro cantoocupa-se em relatar os eventos que levaram Enéias de Tróia a Cartago.Partindo da Sicília, os navios do herói são atingidos por uma violentatempestade provocada por Éolo, a pedido da deusa Juno; a tempestade osdesviara para o norte da África e, por intervenção de Vênus, Enéiaschega a Cartago, onde conhece a rainha Dido, que se apaixona por ele.No segundo canto, o herói relata todos os acontecimentos que envolverama guerra de Tróia, desde a prisão de Sinão até à fuga de Tróia e odesaparecimento de sua esposa Creúsa. O relato termina no canto III:Enéias relata as escalas da sua viagem desde Tróia (Trácia, Delos,Estrofades, Creta, Ítaca, Sicília e Epiro) e outros acontecimentos,como o encontro com as harpias e a morte de Anquises. O quarto cantomostra o ápice da paixão de Dido, que se entrega à Enéias, e o envio deMercúrio como emissário de Júpiter, que recomenda a Enéias que abandoneCartago e cumpra a missão pela qual ele fora destinado. O herói seconscientiza disso e abandona Dido, que o amaldiçoa e se suicida.Enéias, então, parte para a Sicília, onde realiza jogos fúnebres emhomenagem ao primeiro aniversário da morte de seu pai Anquises (cantoV). Em seguida, chegando em Cumas, Enéias encontra a sacerdotisa deApolo, e ganha a permissão de entrar no mundo dos mortos. Lá, encontraAnquises, que lhe dá significativas informações sobre o futuro de Roma(canto VI). Em seguida, narra-se a chegada de Enéias à região do Tibre;o herói conhece o rei Latino, que lhe oferece a mão de sua filha,Lavínia; por isso, acaba atraindo a inimizade de Amata (a rainha) eTurno, a quem Lavínia fora prometida: é o estopim da guerra entrelatinos e troianos (canto VII). Vulcano, a pedido de Vênus, forja armaspara Enéias, enquanto o herói busca fazer aliança com o rei Evandro(canto VIII). Turno ataca os acampamentos dos troianos e Niso eEuríalo, dois jovens guerreiros, são mortos (canto IX). Júpiter procuraestabelecer a paz entre as deusas Juno e Vênus, enquanto a guerraprossegue (canto X). Ocorre uma trégua para o sepultamento dos mortos eambos os lados refletem sobre um possível acordo de paz, o que nãoacontece: os exércitos se confrontam novamente, numa das maissangrentas batalhas (canto XI). O batalhão dos latinos esmorece, eTurno se propõe a enfrentar Enéias numa batalha corpo-a-corpo. Otroiano vence o fantástico duelo e mata Turno (canto XII). Virgilioconseguiu muito mais do que pretendia com sua epopéia, valorizando osaspectos míticos disseminados em sua pátria (sintetizando, muitasvezes, fábulas gregas e latinas), relatando os principais fatos dahistória romana e construindo personagens dotadas de uma incrívelhumanidade.









Aristófanes – As vespas

As Vespas foi representada EM Atenas pela primeira vez nas Lenéias de 422 a.C. e recebeu o primeiro prêmio no concurso. Em segundo lugar, ficou a comédia Prelúdio, também de Aristófanes e, em terceiro, a comédia Embaixadores, de Lêucon.

A comédia é uma expressiva e cáustica crítica à organização do poder judiciário de Atenas e à corrupção e demagogia de que padecia o sistema na época de Aristófanes.

A parábase, muito interessante, traz uma reprovação aos atenienses por não terem premiado anteriormente a comédia As Nuvens.

Argumento

Filocleon ("o que aprecia Cleon") é um velho camponês viciado em julgamentos; Bdelicleon ("o que odeia Cleon"), filho de Filocleon, é um rapaz ajuizado que tenta fazer o pai perder a perigosa mania de julgar. Para tanto, prende o velho em casa, impedindo-o de sair, e procura convencê-lo a passar o tempo julgando problemas domésticos corriqueiros, como por exemplo o caso de um cão que roubou queijo da cozinha...

Uma representação da casa de Filocleon dominava, certamente, o cenário. O teto deve ter sido elevado e firme, pois Filocleon, Sósias e Xântias atuam ali no início da peça. O disfarce do coro era notável e compreendia, aparententemente, um "espeto" que imitava o ferrão das vespas.





Prometeu Acorrentado – Ésquilo

Por ordem de Zeus, Hefesto prende, contrariado, Prometeu a uma rocha na inóspita Cítia; Cratos supervisiona seu trabalho. Prometeu lamenta-se, mas diz que previu tudo, sabe o que irá acontecer no futuro e que Zeus ainda precisará dele (Prólogo, 1-126). O Coro chega e lamenta a sorte de Prometeu, que volta a dizer que no futuro Zeus dependerá de seu auxílio (Párodo, 127-192).

Prometeu relata ao Corifeu a luta de Zeus contra os titãs, como evitou que a humanidade fosse destruída por ele, e os benefícios que obteve para os mortais. Oceano vem visitá-lo, exorta-o a dirigir-se com humildade a Zeus e diz que tentará interceder em seu favor, mas Prometeu o dissuade (1º Episódio, 193-396).

O Coro lamenta novamente o destino de Prometeu (1º Estásimo, 397-435); ele conta que todas as artes vieram aos homens através dele: a construção de casas e navios, a domesticação de animais, a escrita, os números, os remédios, a adivinhação, etc. (2º Episódio, 436-525). O Coro diz que é perigoso contrariar Zeus, e recorda as núpcias de Prometeu (2º Estásimo, 526-561).

Chega a errante Ió, na forma de uma novilha, perseguida desde Argos pela incessante picada de um inseto enviado pela ciumenta Hera. Ela conta a Prometeu e ao Coro suas desventuras, e Prometeu revela as coisas que irão acontecer-lhe até chegar ao seu destino, o Egito, e que um de seus descendentes o libertará um dia. Ió foge, aguilhoada pela picada do inseto (3º Episódio, 562-886).

O Coro canta que "o bem supremo é a mulher se casar segundo a própria classe", e esperam que Zeus nunca olhe para elas (3º Estásimo, 887-906).

Prometeu revela finalmente ao Corifeu que o filho gerado por Zeus em um casamento próximo o destronará, e que somente ele sabe como impedí-lo. Hermes aparece e interroga-o, mas Prometeu orgulhosamente recusa-se a revelar qualquer coisa. Hermes avisa que Zeus lhe dará novos castigos: um trovão o lançará no fundo da terra e, quando voltar à luz, uma águia virá diariamente comer-lhe o fígado. Prometeu recusa-se novamente, e diz que já ouve o trovão de Zeus aproximar-se (Êxodo, 907-1093).







Aristófanes – As nuvens





As Nuvens é uma peça do autor grego Aristófanes, encenada no ano de 423 a.C. A comédia é dirigida contra os sofistas, que o comediógrafo confunde com Sócrates (por ser o filósofo de maior destaque naquela época). O autor revolta-se contra as propostas pedagógicas e éticas dos sofistas, pretendendo evidenciar as fatais conseqüências desta educação nova.

Aristófanes critica esses pensadores principalmente por seus princípios éticos e pedagógicos, além de acusá-los de ateísmo. O comediógrafo aponta os sofistas como imorais e sem ética, já que a sua retórica tinha dois argumentos, o Justo e o Injusto, sendo que o argumento Injusto é vencedor no confronto dos dois. Além disso, ele critica o fato destes educadores serem remunerados, o que para ele não passa de um estelionato, e a predileção dos sofistas pela retórica. Outra crítica encontrada em As nuvens, é a feita a uma nova elite ateniense, personificada por Fidípides, perdulária e avessa a valores tradicionais, como o trabalho, que se faz presente na figura de Estrepsíades.











Édipo Rei – Sófocles



Composta por Sófocles, em data ignorada, e particularmente admirada por Aristóteles, esta obra-prima da tragédia grega, ilustra a impotência humana diante do destino. A estória começa quando Édipo, príncipe de Corinto, é insultado por um bêbado, que o acusa de ser filho ilegítimo do Rei Políbios. Embora Políbios procure tranqüilizar Édipo, o príncipe, perturbado, recorre ao Oráculo de Píton, mais tarde conhecido como Delfos. O oráculo evita responder à sua dúvida, mas dá a terrível informação de que Édipo está destinado a matar o pai e casar-se com a mãe. Como Édipo não tem a menor intenção de deixar que isso aconteça, ele foge de Corinto e vai para Tebas. E aí começa a tragédia.Em uma encruzilhada, Édipo depara-se com uma carruagem. À frente vem o arauto, que ordena rudemente a Édipo que se afaste e tenta empurrá-lo para fora da estrada. O príncipe começa uma briga e termina matando todo mundo que nela se envolve. Para sua desgraça, um dos homens que vinha na carruagem era seu pai verdadeiro, o rei Laios de Tebas. Após resolver o enigma da esfinge e salvar Tebas desse flagelo, Édipo é proclamado rei e casa-se com a viúva de Laios, Jocasta, sua mãe verdadeira. Só depois que uma nova maldição cai sobre Tebas ? maldição que seria afastada apenas quando o assassino de Laios fosse descoberto e expulso ? é que os fatos vêm à tona. Édipo não consegue suportar a verdade e arranca os próprios olhos.Antes que Édipo tomasse a decisão de fugir da profecia do oráculo, Laios, sua vítima já tinha cometido o mesmo engano. Apolo havia advertido Laios de que seu próprio filho o mataria e, quando Édipo nasceu, o rei mandou perfurar com um cravo um dos pés da criança e abandoná-la em uma montanha. Mas o menino foi encontrado por um pastor e levado ao rei Políbios, que o adotou. Essa foi a origem da confusão de Édipo e foi daí que veio seu nome: "oidípous" significa "pé inflamado".





Dante Aligrieri – A divina Comédia



Ao fazer com que cada terceto antecipe o som que irá ecoar duas vezes no terceto seguinte, a terza rima dá uma impressão de movimento ao poema. É como se ele iniciasse um processo que não poderia mais parar. Através do desenho abaixo pode-se ter uma visão mais clara do efeito dinâmico da poesia: Os três livros que formam a Divina Comédia são divididos em 33 cantos cada, com aproximadamente 40 a 50 tercetos, que terminam com um verso isolado no final. O Inferno possui um canto a mais que serve de introdução a todo o poema. No total são 100 cantos. Os lugares descritos por cada livro (o inferno, o purgatório e o paraíso) são divididos em nove círculos cada, formando no total 27 (3 vezes 3 vezes 3) níveis. Os três livros rimam no último verso, pois terminam com a mesma palavra: stelle, que significa ''estrelas''. Dante chamou a sua obra de Comédia. O adjetivo "Divina" foi acrescido pela primeira vez em uma edição de 1555. A Divina Comédia excerceu grande influência em poetas, músicos, pintores, cineastas e outros artistas nos últimos 700 anos. Desenhistas e pintores como Gustave Doré, Sandro Botticelli, Salvador Dali, Michelangelo e William Blake estão entre os

ilustradores de sua obra. Os compositores Robert Schumann e Gioacchino Rossini traduziram partes de seu poema em música e o compositor húngaro Franz Liszt usou a Comédia como tema de um de seus poemas sinfônicos.

Inferno: Quando Dante se encontra no meio da vida, ele se vê perdido em uma floresta escura, e sua vida havia deixado de seguir o caminho certo. Ao tentar escapar da selva, ele encontra uma montanha que pode ser a sua salvação, mas é logo impedido de subir por três feras: um

leopardo, um leão e uma loba. Prestes a desistir e voltar para a selva, Dante é surpreendido pelo espírito de Virgílio - poeta da antigüidade que ele admira - disposto a guiá-lo por um caminho alternativo. Virgílio foi chamado por Beatriz, paixão da infância de Dante, que o

viu em apuros e decidiu ajudá-lo. Ela desceu do céu e foi buscar Virgílio no Limbo. O caminho proposto por Virgílio consiste em fazer uma viagem pelo centro da terra. Iniciando nos portais do inferno, atravessariam o mundo subterrâneo até chegar aos pés do monte do purgatório. Dali, Virgílio guiaria Dante até as portas do céu. Dante então decide seguir Virgílio que o guia e protege por toda a longa jornada através dos nove círculos do inferno, mostrando-lhe onde são expurgados os diferentes pecados, o sofrimento dos condenados, os rios infernais, suas cidades, monstros e demônios, até chegar ao centro da terra, onde vive Lúcifer. Passando por Lúcifer, conseguem escapar do inferno por um caminho subterrâneo que leva ao outro lado da terra, e assim voltar a ver o céu e as estrelas. Purgatório: Saindo do inferno, Dante e Virgílio se vêem diante de uma altíssima montanha: o Purgatório. A montanha é tão alta que ultrapassa a esfera do ar e penetra na esfera do fogo chegando a alcançar o céu. Na base da montanha encontram o ante-purgatório, onde aqueles que se arrependeram tardiamente dos seus pecados aguardam a oportunidade para entrar no purgatório propriamente dito. Depois de passar pelos dois níveis do ante-purgatório, os poetas atravessam um portal e iniciam sua nova

odisséia, desta vez subindo cada vez mais. Passam por sete terraços, cada um mais alto que o outro, onde são expurgados cada um dos sete pecados capitais. No último círculo do purgatório, Dante se despede de Virgílio e segue acompanhado por um anjo que o leva através de um fogo que separa o purgatório do paraíso terrestre. Finalmente, às margens do rio Letes, Dante encontra Beatriz e se purifica, banhando-se nas águas do rio para que possa prosseguir viagem e subir às estrelas. Paraíso: O Paraíso de Dante é dividido em duas partes: uma material e uma espiritual (onde não há matéria). A parte material segue o modelo cosmológico de Ptolomeu e consiste de nove círculos formados pelos sete planetas (Lua, Mcúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno), o céu das estrelas fixas e o Primum Mobile - o céu cristalino e último círculo da matéria. Ainda no paraíso terrestre, Beatriz olha fixamente para o sol e Dante a acompanha até que ambos começam a elevar-se, "transumanando". Guiado por Beatriz, Dante passa pelos vários céus do paraíso e encontra personagens como São Tomás de Aquino e o imperador Justiniano. Chegando ao céu de estrelas fixas, ele é interrogado pelos santos sobre suas posições filosóficas e religiosas. Depois do interrogatório, recebe permissão para prosseguir. No céu cristalino Dante adquire uma nova capacidade visual, e passa a ter visão para compreender o mundo espiritual, onde ele encontra nove círculos angélicos, concêntricos, que giram em volta de Deus. Lá, ao receber a visão da Rosa Mística, se separa de Beatriz e tem a oportunidade de sentir o amor divino que emana diretamente de Deus, "o amor que move o Sol e as outras estrelas".

Nenhum comentário: