9º ANO - HISTÓRIA
01 - (UERJ)
Nós, marinheiros, cidadãos brasileiros e republicanos, mandamos esta honrada mensagem para que Vossa Excelência faça aos marinheiros brasileiros possuirmos os direitos sagrados que as leis da República nos facilitam. Tem Vossa Excelência 12 horas para mandar-nos a resposta satisfatória, sob pena de ver a Pátria aniquilada.
Adaptado do memorial enviado pelos marinheiros ao presidente Hermes da Fonseca, em 1910.
Em: MARANHÃO, Ricardo e MENDES JUNIOR, Antonio.
Brasil história: texto e consulta. São Paulo: Brasiliense, 1983.
Os participantes da Revolta da Chibata (1910-1911) exigiam direitos de cidadania garantidos pela Constituição da época.
As limitações ao pleno exercício desses direitos, na Primeira República, foram causadas pela permanência de:
a) estruturas sociais herdadas do escravismo
b) privilégios econômicos mantidos pelo Exército
c) discordâncias políticas relacionadas ao federalismo
d) preconceitos étnicos justificados pelas teorias científicas
Gab: A
02 - (UERJ)
Prisioneiros de Canudos
http://acervos.ims.uol.com.br
A Guerra de Canudos, de 1896 a 1897, foi um dos principais conflitos que marcaram o início do período republicano no Brasil. Os prisioneiros retratados na foto são sobreviventes dessa guerra, sertanejos vítimas de exclusão social e política.
Os fatores responsáveis por essa exclusão, naquele contexto, foram:
a) êxodo rural – voto de cabresto
b) desemprego – reação monarquista
c) crise agrícola – sincretismo religioso
d) concentração de terras – coronelismo
Gab: D
03 - (FATEC SP)
Leia com atenção os versos de cordel a seguir.
“Ele matava de brincadeira,
Por pura perversidade,
E alimentava os famintos
Com amor e caridade.”
“Por onde Lampião anda,
Minhoca fica valente,
Macaco briga com onça
E o carneiro não amansa.”
(HOSBAWN, Eric. Bandidos. Rio de Janeiro:
Editora Forense-Universitária, 1976. p. 55.)
Nesses versos, a figura de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, apresenta algumas características conflitantes e muito valorizadas dos grupos de cangaceiros que circulavam pelo sertão, na primeira metade do século XX. Essas características, que despertavam respeito e identificação da população pobre do sertão com esses grupos, era(m)
a) o desprezo pela própria vida e pela vida alheia.
b) a violência em alguns momentos e, em outros, a bondade para com os pobres.
c) a covardia simbolizada pelas minhocas e, por vezes, a valentia simbolizada pela onça.
d) a obediência às palavras do Evangelho - dai pão a quem tem fome - e às palavras da lei republicana, propondo a justiça social no sertão.
e) a fraqueza diante dos policiais e a valentia para enfrentar os camponeses.
Gab: B
04 - (PUC RS)
A Guerra de Canudos é objeto de análise de Euclides da Cunha, em sua obra “Os Sertões”. Ao descrever o desfecho do movimento, o autor afirma:
Concluídas as pesquisas nos arredores, e recolhidas as armas e munições de guerra, os jagunços reuniram os cadáveres que jaziam esparsos em vários pontos. Decapitaram-nos. Queimaram os corpos. Alinharam depois, nas duas bordas da estrada, as cabeças, regularmente espaçadas, fronteando-se, faces volvidas para o caminho. Por cima, nos arbustos marginais mais altos, dependuraram os restos de fardas, calças e dólmãs multicores, selins, cinturões, quepes de listras rubras, capotes, mantas, cantis e mochilas...
CUNHA, E. Os sertões. São Paulo: Abril Cultural, 1979. p. 255.
A Guerra de Canudos é considerada um movimento
a) monarquista, inspirado nas ideias de Benjamin Constant, já que sua principal luta era pelo retorno da família real ao Brasil.
b) de cunho político-partidário, liderado por Padre Cícero no sertão baiano, tendo o intuito de combater a fome e a miséria.
c) de cunho messiânico, liderado por Antônio Conselheiro, que conseguiu reunir cerca de 20 mil seguidores, pregando a salvação da alma.
d) abolicionista, por isso refugiou grande contingente de ex-escravos, o que passou a prejudicar os latifúndios por falta de mão-de-obra, ocasionando uma reação militar.
e) sertanejo, já que reuniu população do interior paulista que se dedicava à criação de animais para subsistência e a pequenas plantações em latifúndios.
Gab: C
05 - (UNIFOR CE)
Na noite de 22 de novembro de 1910, o marechal Hermes da Fonseca completava sua primeira semana como presidente da República. Neste dia, no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, marinheiros da Armada brasileira protagonizaram o início de um movimento que defendia, entre outras coisas, o fim dos castigos físicos aplicados aos graduados da Marinha.
Pode-se inferir que se trata da
a) Revolta da Chibata;
b) Revolta da Marinha;
c) Revolta das Forças Armadas;
d) Revolta da Vacina;
e) Revolução Constitucionalista.
Gab: A
06 - (UNICID SP)
Raro, Rato, Rato
“Quem apanha ratos?
Aqui estou eu para comprar, para comprar
Ratos baratos
São necessários para estudar, para estudar
Já que vens saber
Que este viver é minha sina
Rato, rato, rato, rato
Na parada da vacina.”
O fragmento da bem humorada música faz referência
a) à campanha da vacinação obrigatória contra a febre amarela, realizada pelo dr. Emílio Ribas, durante a ditadura de Getúlio Vargas.
b) ao extermínio dos ratos transmissores da peste bubônica, no Rio de Janeiro, durante o Período Joanino.
c) à campanha de higienização do Rio de Janeiro, empreendida pelo médico sanitarista, dr. Oswaldo Cruz, durante o governo de Rodrigues Alves.
d) à miséria da população da região nordeste do Brasil durante os períodos de seca prolongada.
e) à campanha de vacinação contra a leptospirose, doença transmitida pelos ratos, durante a década de 1950, nas cidades portuárias de Santos e do Rio de Janeiro.
Gab: C
07 - (UNIFESP SP)
“Mete dinheiro na bolsa – ou no bolso, diremos hoje – e anda, vai para diante, firme, confiança na alma, ainda que tenhas feito algum negócio escuro. Não há escuridão quando há fósforos. Mete dinheiro no bolso. Vende-te bem, não compres mal os outros, corrompe e sê corrompido, mas não te esqueças do dinheiro… E depressa, depressa, antes que o dinheiro acabe”.
Machado de Assis, 1896.
Essa passagem evoca o clima que se criou no país com:
a) a valorização do café.
b) a Abolição.
c) a Guerra do Paraguai.
d) o Encilhamento.
e) o ciclo da borracha.
Gab: D
08 - (UFRN)
Ao longo de toda a Primeira República, o Estado brasileiro foi governado a partir de alianças oligárquicas conservadoras. A Política do Café-com-leite e a Política dos Governadores têm sido vistas pela historiografia como expressões dessas alianças.
Explique em que consistia a Política do Café-com-leite e a Política dos Governadores.
(0,5)
Esperava-se que o candidato explicasse que a política do café-com-leite consistia numa política em que predominou os interesses das oligarquias mineiras e paulistas, respectivamente ligadas à economia cafeeira e pecuária, cuja estratégia principal era a alternância no Poder Executivo nacional, resultante de uma aliança que perdurou durante toda a República Oligárquica, período compreendido entre 1894 e 1930.
(0,5) O aluno deveria explicar essa política idealizada por Campos Sales como uma aliança entre o poder central (Presidente) e o poder estadual (Governadores), em que o primeiro apoiava os últimos e, em troca, recebia o apoio dos deputados no Congresso Nacional. Além disso, evidenciar que os objetivos dessa política eram eliminar as divergências entre o Congresso e a Presidência da República, assegurando a governabilidade em razão do apoio dos governadores ao presidente, cujos resultados mais visíveis foram o fortalecimento do Poder Executivo (nacional, estadual e municipal) e a consolidação das oligarquias (poder local), através do controle do processo eleitoral por parte do Poder Executivo, que se valia de mecanismos como: articulação com os coronéis (voto de “cabresto”, assistencialismo, clientelismo), controle da Comissão Verificadora pelo Poder Executivo, fraudes eleitorais, nomeação dos intendentes municipais (prefeitos), além do voto, que não era secreto e obrigatório.
09- (UNESP SP)
Cabia agora definir, de uma vez por todas, a repartição dos poderes na República: o que caberia ao executivo federal, ao estadual, às instituições legislativas, ao município e aos coronéis. Já havia o texto constitucional, mas à estrutura político-jurídica estavam subjacentes, ainda, os resquícios do patrimonialismo.
Campos Salles (1898-1902) sacramentou o pacto do poder pela aplicação da “Política dos Governadores” (...)
(Maria de Lourdes Moraes Janotti,
O coronelismo: uma política de compromisso.)
a) Caracterize o fenômeno do coronelismo.
b) No que consistia a “Política dos Governadores”?
a) O nome "coronelismo" deriva de "coronel", que na época da monarquia correspondia a uma importante patente militar entre os integrantes da chamada Guarda Nacional, cujos oficiais, via de regra, eram proprietários de terras e de escravos. Assim, dá-se o nome de "coronelismo" às formas de controle social e político sobre a população rural que existiram naquele período e se estenderam sobretudo na Primeira República – que abolira o voto censitário e estabelecera o sufrágio universal masculino; de tal forma que o poder de um "coronel" não se media só pelos seus bens materiais, mas também pelo volume de agregados que podia qualificar como eleitores e sufragar aqueles que eram representantes da oligarquia rural, perpetuando-os no exercício do poder.
b) A "Política dos Governadores" consistia no apoio do governo central aos governos locais nos estados, desde que estes apoiassem o governo central no Poder Legislativo. Era uma forma de perpetuação das oligarquias no exercício do poder político durante a Primeira República.
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